Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)



INTRODUÇÃO
Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por
bactérias Gram-negativas (enterobactérias), e sua detecção em isolado bacteriano
confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar
penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos.
A enzima KPC já foi documentada em diferentes bactérias por meio de
estudos moleculares e diferenciada em KPC-1 a 4, com a seguinte descrição: KPC-1
em isolados de Klebsiella pneumoniae; KPC-2 em K. pneumoniae K. oxytoca,
Salmonella enterica e em Enterobacter sp.; KPC-3 em K. Pneumoniae e
Enterobacter cloacae. Para KPC-4, não foram encontrados microrganismos
relacionados.

SINTOMAS
Entre os sintomas mais comuns estão: febre, dores na bexiga (em caso de
infecção urinária), tosse (se for uma infecção respiratória). São sintomas
semelhantes as infecções comuns, ou seja, não existe nenhum sintoma
característico.

DIAGNÓSTICO
Cultura de urina e de secreções orofaríngeas, onde se isola a bactéria
causadora da infecção, por sua vez, faz-se a identificação por meio de antibiograma
com discos de cefalosporinas subclasse III (cefoperazona, cefotaxima, ceftazidima,
ceftizoxima, ceftriaxona) e imipenem (IPM), meropenem (MEM) e ertapenem (ETP),
além do teste de Hodge modificado. Outras metodologias mais avançadas para
rastreamento de KPC, são: focalização isoelétrica, discodifusão, E-test e teste de
Hodge modificado e pesquisa do gene blaKPC por reação em cadeia da polimerase
(PCR) ou ribotipagem.

TRATAMENTO

Polimixina B e tigeciclina ambos parecem ter eficácia confiável. A polimixina é
um composto desenvolvido há décadas e, anteriormente, abandonado devido a sua
toxicidade. Ele foi ressuscitado porque é a única opção disponível para o tratamento
terapêutico de alguns pan-resistentes Gram-negativos infecções. A tigeciclina é um
romance de espectro estendido derivados minociclina, aprovado pelo Food and Drug
Administration (FDA) para tratamento de infecções complicadas de pele, infecções
intra-abdominais e pneumonia adquirida na comunidade, mas não para corrente
sanguínea e/ou infecções urinárias. Embora os produtores de KPC-isolados
mostrem MICs mais elevados do que aqueles tigeciclina de isolados de bactérias do
tipo selvagem, a tigeciclina possui potente atividade in vitro contra esses patógenos.
Os dados clínicos também suporta a eficácia da tigeciclina para o tratamento da
MDR infecções Gram-negativas em locais do corpo onde a tigeciclina não atinge
níveis terapêuticos, quando os regimes de dosagem habitual são prescritos. Nestas
situações, o uso da terapia combinada e / ou doses mais elevadas de tigeciclina é
crítico para a eficácia terapêutica máxima. Isso seria especialmente útil em pacientes
com infecções causadas por patógenos com sensibilidade reduzida à polimixina.

REFERÊNCIAS

BEIRAO, E.M., et al. Clinical and microbiological characterization of KPC-producing
Klebsiella pneumoniae infections in Brazil. Braz J Infect Dis, Salvador, v. 15, n.
1,Feb. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S141 3-86702011000100013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 Dec. 2011.

DIENSTMANN, R., et al. Avaliação fenotípica da enzima Klebsiella pneumoniae
carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar. J. Bras.
Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 46, n. 1, Feb. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000100005
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