1. INTRODUÇÃO (IMPORTÂNCIA NA SAÚDE PÚBLICA DO PARASITO)
Ascaridíase é uma doença parasitaria do homem, que tem como agente etiológico um helminto chamado Ascaris Lumbricoides, é a helmintíase de maior prevalência no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2008, mais de 980 milhões de pessoas no mundo estariam parasitadas por esse patógeno.
No Brasil diversos estudos demostram prevalências de 5,8 a 59,5%. Habitualmente, não causa sintomatologia, mas pode apresentar sintomas como dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal.
Em virtude do ciclo pulmonar (Ciclo de Loss) da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares, com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Loefler, que cursa com eosinofilia importante. Além de obstrução intestinal, quando é grande numero de parasitas. É de grande importância clínica, por acometer crianças em fase de desenvolvimento físico e mental, geralmente em fase pré-escolar.
2.O CICLO EVOLUTIVO DO PARASITO
A primeira larva (L1) forma dentro do ovo e é do tipo rabditóide, em geral,
necessitam de algum tempo (muito variável) nas condições do meio externo e em
presença de O2 para embrionarem e tornarem-se infectantes, ou seja, essa larva
sofre muda transformando-se em L2 e depois L3 (filarióide) , que é a larva
infectante. O hospedeiro humano ao ingerir as larvas L3, estas atravessam todo o
trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado, onde atravessam a parede
intestinal na altura do ceco, caem nos vasos linfáticos e nas veias e invadem o
figado, depois chegam ao coração direito, através da veia cava inferior ou superior e
seguem para os pulmões, onde sofrem muda para L4 rompem os capilares e caem
nos alvéolos, onde mudam para L5, que segue através dos brônquios e traqueia, e
na faringe podem ser expelidos ou degludidos, caso ocorra o segundo caso, segue-
se o ciclo, atravessam o estômago e chegam no intestino delgado, onde
transformam-se em adultos jovens, fazem a cópula, ovipostura, sendo que, os ovos
são expelidos através das fezes do hospedeiro.
3.SINTOMATOLOGIA/ DOENÇA PROVOCADO PELO PARASITO
O parasitismo geralmente se apresenta de forma assintomática e, quando há
uma características clínicas totalmente inespecíficas. Dependendo do número de
vermes presentes e possíveis complicações que podem ocorrer, podemos ver os
sinais e sintomas vagos. Na fase larval ou pulmonar; tosse espasmódica,
expectoração de muco, febre, hemoptise ocasional, e sibilos. Na fase adulta ou
intestinal; vômitos, náuseas, perda de apetite, diarreia, inchaço, dor abdominal
localizada no epigástrio, febre, e quadros alérgicos.
4.TRATAMENTO E PROFILAXIAS UTILIZADAS
Segundo o Ministério da Saúde, com os seguintes medicamentos: Albendazol
(ovicida, larvicida e vermicida), 400mg/dia, em dose única para adultos; em crianças,
10mg/kg, dose única; Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias
consecutivos. Não e recomendado seu uso em gestantes. Essa dose independe do
peso corporal e da idade. Levamizol, 150mg, VO, em dose única para adultos;
crianças abaixo de 8 anos, 40mg; acima de 8 anos, 80mg, também em dose única.
Tratamento da obstrução intestinal: Piperazina, 100mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a
60ml/dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso, estão indicados sonda
nasogástrica e jejum + Mebendazol, 200mg ao dia, dividido em 2 tomadas, por 3
dias.
REFERÊNCIAS.
BRASIL. Doenças Infecciosas e parasitárias: Guia de Bolso. 8º ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010.
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(Linneo, 1758) por via oral: Reporte de un caso y algunas consideraciones
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<http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S0716-
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NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 11º ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2002.
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